Vazamentos

Intel enfrenta vazamento de 20GB de dados sigilosos

Os dados estão agora online na plataforma de compartilhamento de arquivos MEGA


Um vazamento com mais de 20GB de documentos internos da fabricante de chips norte-americana Intel (alguns classificados como confidenciais, secretos e restritos) estão agora online na plataforma de compartilhamento de arquivos MEGA.

Segundo Till Kottmann, o engenheiro de software que recebeu e publicou o material, o vazamento foi obra de um hacker anônimo, que alega ter violado um servidor Intel "hospedado online pela Akami CDN que não era adequadamente seguro" no início do ano. O que Kottmann publicou seria apenas parte do material vazado.

A Intel nega a invasão: "Acreditamos que um indivíduo com acesso baixou e compartilhou os dados [...] do nosso Centro de Recursos e Design, que hospeda informações para uso de nossos clientes e parceiros que se registraram para acessá-lo".

Dados sobre o Tiger Lake

Engenheiros de segurança que prestam serviços para a Intel, consultados pelo site ZDNET, confirmaram a autenticidade dos arquivos. Vazaram dados sobre design e códigos-fonte para chipsets, como os de referência do BIOS e de amostra para o Kaby Lake (nome da sétima geração de CPUS, de 2016), e mais esquemas, ferramentas e firmware para os processadores de 10nm e 11ª geração Tiger Lake, com lançamento previsto para setembro.

Kottmann recebeu os arquivos porque administra um grupo no Telegram onde publica vazamentos online de grandes empresas de tecnologia (já existe um link para o download dos dados da Intel). Segundo ele, o hacker confirmou que invadiu um servidor da companhia americana e não, ter usado uma senha de acesso ao Centro de Recursos e Design da empresa.

Segundo a Intel, é através desse portal que clientes corporativos obtêm documentos técnicos sobre os chipsets produzidos por ela. O ZDNET confirmou que muitos documentos trazem links para essa plataforma, o que reforça as declarações da Intel sobre o vazamento.

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