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TikTok agora conta com Conselho Consultivo de Segurança

O objetivo é combater os problemas relacionados à desinformação em relação às eleições, discurso de ódio, bullying, e a desenvolver abordagens e soluções pioneiras no setor.


A rede social de vídeos já é usada por 7 milhões de brasileiros e pauta muito sobre a vida dos usuários, principalmente adolescentes. O TikTok dita tendências e acende diversos debates, porém o conteúdo publicado na rede também pode ser prejudicial.

 

Pensando nisso, a empresa decidiu formar um Conselho Consultivo de Segurança no Brasil. Os membros foram apresentados no início de março e entre eles estão diversos pesquisadores e professores das áreas de tecnologia, segurança e privacidade.

 

Essa iniciativa já existia em outros países antes. O objetivo principal é combater os problemas relacionados à desinformação em relação às eleições, discurso de ódio, bullying, e a desenvolver abordagens e soluções pioneiras no setor.

 

Os membros do conselho ajudarão a construir as políticas de moderação de conteúdo. Na prática, definem o que pode ou não ser banido da plataforma, por exemplo, que hoje em dia é utilizada por muitas crianças e adolescentes.

 

Esses profissionais irão se reunir, a cada trimestre, com líderes regionais do TikTok. A ideia é que sejam discutidos temas como segurança online, segurança infantil, alfabetização digital, saúde mental e direitos humanos. O conselho irá preparar um relatório com observações e apresentar recomendações formais.

Os membros são:

 

  • Yasodara Cordova, bolsista da Fundação MC/MPA Ford, no Ash Center for Democratic Governance and Innovation, na Universidade de Harvard. O foco de seu trabalho é a ética digital, direitos humanos, privacidade de dados, desinformação e segurança infantil.

 

  • Fabricio Benvenuto, professor associado do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi membro da Academia Brasileira de Ciências (2013-2017). Ele é especialista em desinformação.

 

  • Nina da Hora, cientista da computação pela Puc-Rio, pesquisadora e disseminadora científica na área de tecnologia e sociedade, com foco em algoritmos, inteligência artificial e segurança cibernética. Suas especialidades são ciência da computação, internet das coisas e diversidade.

 

  • Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio de Janeiro(ITS Rio). Professor de Direito da UERJ e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Ottawa. Fellow do Projeto Sociedade da Informação, da Yale Law School. Membro do Comitê Executivo da Rede Global de Centros de Pesquisa da Internet & Sociedade (NoC). É especialista em política tecnológica e regulação.

 

  • Mariana Valente, uma das diretoras do InternetLab, um centro de pesquisa independente com sede em São Paulo, Brasil, que tem como foco a intersecção entre o direito e a tecnologia em espaços online. Também é professora do Insper. É especialista em direitos humanos e políticas de internet, desigualdades e tecnologia, inclusão e acesso digital, e direitos das mulheres e tecnologias digitais.

 

  • Thiago Amparo, professor da FGV Direito - SP e da Escola de Relações Internacionais da FGV, ministrando cursos de direitos humanos, direito internacional, políticas de diversidade, discriminação e direito.

Histórico de ações do aplicativo quanto à segurança

 

Proteger os dados e o bem-estar de seus usuários, principalmente os mais novos, tem sido uma preocupação para o TikTok. No ano passado, o TikTok dos Estados Unidos recebeu uma queixa dizendo que o app violou um decreto de consentimento e uma lei que protege a privacidade das crianças na internet.

 

A empresasabia que menores de idade usavam o app e não possuía o consentimento dos pais para coletar informações pessoais. O TikTok pagou uma multa de US$ 5,7 milhões na ocasião.

 

Também em 2020, o app lançou ferramentas de controle para os pais. Desde então os responsáveis podem sincronizar as contas das crianças com suas próprias contas e definir tempo limite de uso do app, entre outras configurações.

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