Os 'ghost riders' se aproveitam da capacidade da IA de gerar perfis falsos, utilizando informações de redes sociais e bancos de dados públicos para criar identidades que parecem reais. Esses criminosos podem realizar transações fraudulentas, acessar serviços financeiros e até mesmo obter empréstimos, causando prejuízos significativos a instituições e indivíduos. Com a falta de regulamentação clara sobre o uso de dados pessoais, este tipo de crime se torna ainda mais difícil de combater.
Por outro lado, os médicos falsos têm utilizado a tecnologia de deepfake para criar vídeos convincentes, fazendo com que suas ações pareçam legítimas. Isso não só engana pacientes, mas também pode comprometer a saúde de indivíduos que confiam em diagnósticos e tratamentos oferecidos por esses golpistas. A combinação de IA e desinformação está tornando o cenário ainda mais perigoso, estimulando um ciclo vicioso de fraudes.
As autoridades brasileiras estão lutando para se adaptar a essa nova realidade, mas a rápida evolução das tecnologias de IA torna a tarefa desafiadora. A necessidade de uma legislação mais robusta, que aborde tanto a proteção de dados quanto a responsabilização de crimes digitais, é cada vez mais evidente. Além disso, campanhas de conscientização são fundamentais para educar o público sobre os riscos associados a essas novas formas de crime.
À medida que o uso da inteligência artificial se torna mais comum em várias esferas da vida cotidiana, é crucial que tanto o governo quanto a sociedade civil se unam para criar um ambiente mais seguro. O combate a essa nova onda de crimes exige uma abordagem colaborativa e inovadora, que não apenas enfrente os criminosos, mas também proteja os cidadãos de se tornarem vítimas de fraudes sofisticadas.