Fontes indicam que a infraestrutura do spyware foi utilizada para atacar smartphones e dispositivos de comunicação de alvos específicos, incluindo jornalistas e ativistas. A presença do Predator em Moçambique sugere que a vigilância digital está se tornando uma realidade alarmante na região, em um momento em que a liberdade de expressão e os direitos humanos já enfrentam desafios significativos. A revelação de sua operação no país implica que os cidadãos correm o risco de serem monitorados sem qualquer aviso ou justificativa legal.
A situação em Moçambique é um reflexo mais amplo de como tecnologias de vigilância estão sendo empregadas em diversas partes do mundo, muitas vezes sem regulamentação adequada. A questão que se coloca é: até que ponto os governos e as empresas devem ter acesso a informações pessoais? A falta de transparência e o uso indiscriminado de ferramentas como o Predator podem levar a abusos de poder e violação de direitos fundamentais.
Com a crescente conscientização sobre a privacidade digital, é essencial que a sociedade civil se mobilize para exigir maior responsabilidade e regulamentação sobre o uso de tecnologias de vigilância. Organizações de direitos humanos e defensores da privacidade estão alertando para a necessidade de um debate mais amplo sobre o impacto desses softwares na vida das pessoas. O caso do spyware Predator em Moçambique serve como um importante alerta para outros países, destacando a urgência de estabelecer proteções eficazes contra abusos tecnológicos.