LGPD

Inquérito contra In Loco é arquivado pelo MPDFT

A empresa está em compliance com as leis de privacidade de dados.


O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) arquivou por unanimidade o inquérito civil público, que foi aberto em setembro de 2018 para investigar a obtenção de dados pessoais de brasileiros pela empresa In Loco, plataforma brasileira de tecnologia de localização. 

Em nota, a empresa afirma que detalhou a sua tecnologia, processos e produtos, em "total cooperação e transparência" com o MPDFT ao longo dos meses em que foi investigada.

"Como In Loco, temos o propósito de aliar a conveniência da Internet com a privacidade a que todo cidadão tem direito, isso nos fez enxergar o processo de investigação como um ato extremamente legítimo e necessário do poder público", afirma André Ferraz, CEO da In Loco.

A startup de pernambuco é a desenvolvedora de um sistema de geolocalização de ambientes internos e externos que afirma chegar a ser 30 vezes mais exato que o GPS. 

A empresa fez parte da primeira turma formada pela Oracle Startup Cloud Accelerator, que selecionou seis empresas do Brasil para um programa com duração de seis meses.

O MPDFT já multou  empresas de grande porte por falhas na proteção de dados dos clientes.

No final de 2018, o Banco Inter pagou R$ 1,5 milhão  pelo vazamento de dados de mais de 19 mil correntistas.

Pouco tempo depois, a Netshoes foi multada em R$ 500 mil por um problema similar.

Outras investigações estão em curso, envolvendo a Stone, Fiesp, Vivo e CheckMeuCarro.

Ao que tudo indica, o número de investigações e multas desse tipo deve crescer muito nos próximos meses, com a entrada da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) em vigor. Ela prevê multas de até R$ 50 milhões ou ou 2% do faturamento bruto anual - o que for maior.

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