O ataque à LGPD não é apenas uma questão técnica; é uma questão de dignidade nacional. As vozes que se levantam contra a lei não estão apenas se opondo a um regulamento, mas estão, na verdade, tentando espoliar o Brasil da sua capacidade de proteger seus cidadãos. É fundamental que percebamos que a LGPD é um pilar essencial na luta contra a comercialização desenfreada de dados, um dos maiores tesouros das Big Techs. Sem essa proteção, seríamos meros produtos em um mercado global, sem controle sobre nossas próprias informações.
A reação de grandes empresas, que inundam os Estados Unidos com ligações e cobranças, mostra o quanto a LGPD está desafiando o status quo. Enquanto as vozes contrárias tentam deslegitimar a lei, é vital que defendamos sua importância com a mesma fervor que temos pelo sistema de pagamentos PIX. A LGPD não é apenas uma ferramenta legal; é uma declaração de que nós, como nação, temos o direito de controlar nossos dados e decidir como eles são utilizados.
A verdade é que a LGPD foi uma resposta direta às práticas abusivas que vimos em relação ao uso de dados, como a situação em que o Facebook foi confrontado sobre o uso de informações pessoais para treinar inteligências artificiais. Se não tivéssemos a LGPD, estaríamos em um cenário ainda mais sombrio, onde as grandes corporações poderiam operar sem restrições, dilapidando nossa privacidade com total impunidade. Precisamos nos unir em defesa dessa lei, não apenas como uma questão de regulamentação, mas como um ato de resistência cultural e política.
Portanto, ao olharmos para o futuro, devemos nos perguntar: qual é o gentílico de quem nasceu nas terras da resistência? Somos brasileiros, e como tal, temos a responsabilidade de proteger nossa soberania digital. A LGPD e o PIX não são apenas ferramentas; são símbolos de nossa luta por autonomia em um mundo onde as Big Techs tentam ditar as regras do jogo. E é nosso dever garantir que essa luta não seja em vão.