LGPD: Uma Luta pela Privacidade em Tempos de Coleta Exacerbada

Entenda como a Lei Geral de Proteção de Dados se tornou um símbolo de resistência contra a invasão à privacidade.

20/06/2025 12:00
Em um mundo onde os dados pessoais são tratados como moedas de troca, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) surge como um baluarte em defesa da privacidade dos cidadãos. No entanto, a percepção de sua eficácia é frequentemente obscurecida por casos de coleta desenfreada e desrespeito às normas. Imagine a frustração de um pai que, ao abrir um chamado em uma operadora, é bombardeado com mensagens de diversas empresas, todas sedentas por informações que ele não se sente confortável em compartilhar. É uma realidade que muitos brasileiros enfrentam diariamente.

O descontentamento com a coleta excessiva de dados é palpável e se reflete em conversas cotidianas, onde a LGPD é tida como uma mera formalidade, uma sugestão que as empresas seguem de forma superficial. Essa desconexão entre a intenção da lei e sua aplicação prática gera um sentimento de impotência entre os consumidores. E, no entanto, a verdade é que a LGPD foi criada para empoderar o cidadão, oferecendo-lhe o direito de saber como seus dados são utilizados e garantindo que suas informações pessoais sejam tratadas com respeito.

Contudo, o que vemos é um cenário em que a proteção de dados parece mais uma miragem do que uma realidade. O desespero de um pai que se recusa a fornecer informações sobre seus filhos a uma escola e suas empresas parceiras ilustra um dilema que muitos enfrentam. A pergunta que ecoa em suas mentes é: até que ponto a LGPD realmente protege os cidadãos? E o que fazer quando o sentimento é de que a privacidade é uma ilusão, uma ideia que existe apenas em um mundo de faz de conta?

E se a LGPD fosse tratada não apenas como uma obrigação legal, mas como um direito fundamental? Essa é a visão que muitos defendem, especialmente em um tempo em que a coleta de dados se tornou uma prática comum e, muitas vezes, invasiva. A regulamentação da inteligência artificial, por exemplo, é uma questão que está em pauta e que se entrelaça com a LGPD. A necessidade de regulamentar essa tecnologia é urgente, já que as implicações da coleta de dados por algoritmos são vastas e, frequentemente, desconsideradas.

Neste mês do orgulho LGPD, é fundamental refletir sobre a importância da privacidade e do respeito aos dados pessoais. A luta pela proteção de dados é uma batalha coletiva, onde cada um de nós deve ser um defensor da privacidade, exigindo que as empresas cumpram não apenas as letras da lei, mas também seu espírito. A LGPD pode ser vista como uma ferramenta poderosa para a transformação social, mas somente se for empregada com seriedade e compromisso. Afinal, em um mundo onde tudo está interligado, a privacidade deve ser uma prioridade, não uma opção.