LGPD: O Desafio de Proteger Dados em um Mundo Conectado

Como garantir a privacidade em tempos de exposição digital?

04/09/2025 07:00
Em um dia comum, enquanto navegava pelas redes sociais, me deparei com um vídeo de uma influenciadora famosa fazendo propaganda de um produto milagroso para emagrecimento. O que me chamou a atenção, no entanto, não foi o produto em si, mas os dados que estavam sendo coletados sem que ela percebesse. O que aconteceu com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil? A sensação de que, em meio a tantas interações digitais, a privacidade se torna um conceito nebuloso, é cada vez mais palpável.

A LGPD foi criada para assegurar que os dados pessoais dos cidadãos brasileiros sejam tratados com a devida diligência, mas será que estamos realmente atentos a isso? O caso de Thais Carla, que, ao promover um produto, não percebeu o impacto que suas ações poderiam ter sobre a privacidade de seus seguidores, ilustra um ponto crítico: muitos ainda não conhecem as implicações da lei. E o que dizer das empresas que, muitas vezes, parecem ignorar os princípios fundamentais da LGPD? O desrespeito a essa legislação pode trazer consequências graves, tanto para os indivíduos quanto para as organizações.

Recentemente, ouvi um relato de uma amiga que, após realizar uma compra na Amazon, se surpreendeu ao receber uma tentativa de golpe. Onde estava a proteção que a LGPD deveria oferecer? A verdade é que, sem um entendimento claro e uma aplicação rigorosa da lei, os consumidores ficam vulneráveis a abusos. A proteção de dados não é apenas uma questão técnica; é uma questão de confiança, e quando essa confiança é quebrada, os danos podem ser irreparáveis.

É fundamental que as empresas adotem uma postura proativa em relação à LGPD, não apenas para evitar sanções, mas para construir um relacionamento sólido com seus clientes. Isso inclui medidas como a verificação de idade de maneira transparente, onde o usuário não precisa fornecer dados sensíveis, mas ainda assim garante sua segurança. A tecnologia pode ser uma aliada nesse processo, permitindo que as organizações cumpram a legislação sem comprometer a privacidade dos usuários.

Enquanto isso, a sociedade deve se mobilizar para exigir mais responsabilidade das empresas e do governo. Afinal, a proteção de dados é um direito fundamental, e todos têm o dever de assegurar que essa proteção seja efetiva. O futuro da privacidade no Brasil depende de nossa capacidade de agir e exigir que a LGPD seja respeitada em sua essência. É hora de transformar a indignação em ação, para que a proteção de dados deixe de ser apenas uma sigla e se torne uma realidade vivida por todos.