As diretrizes da ANPD ressaltam a importância do consentimento e da transparência nas decisões automatizadas. Segundo a nota, os indivíduos devem ser informados sobre como seus dados estão sendo utilizados e ter a opção de contestar decisões que os afetem negativamente. Isso representa um passo significativo na proteção dos direitos dos titulares de dados, garantindo que a tecnologia não substitua a responsabilidade humana nas decisões que impactam a vida das pessoas.
A nota também destaca a necessidade de que as empresas realizem avaliações de impacto sobre a proteção de dados sempre que implementarem sistemas que utilizem decisões automatizadas. Isso não apenas ajuda a identificar riscos potenciais, mas também proporciona uma estrutura para mitigar esses riscos antes que se tornem problemas. A ANPD enfatiza que a responsabilidade pela conformidade recai sobre as organizações, que devem estar preparadas para demonstrar que estão agindo de forma ética e legal na utilização de dados pessoais.
Além disso, as orientações da ANPD incentivam a adoção de práticas que promovam a explicabilidade dos algoritmos utilizados. Isso significa que as empresas devem ser capazes de fornecer informações claras sobre como suas decisões são tomadas, permitindo que os usuários compreendam o funcionamento dos sistemas que afetam suas vidas. Essa abordagem não só promove a confiança do consumidor, mas também aumenta a responsabilidade das empresas na utilização de tecnologias avançadas.
Com essas novas diretrizes, a ANPD reafirma seu compromisso com a proteção de dados pessoais e a promoção de um ambiente digital mais seguro e justo. As empresas que se adaptarem a essas orientações estarão não apenas em conformidade com a LGPD, mas também posicionadas para construir relacionamentos mais sólidos e transparentes com seus clientes, em um mundo cada vez mais movido pela tecnologia.