Essas experiências cotidianas estão se tornando comuns. O que deveria ser uma simples solicitação de serviço transformou-se em um pesadelo de mensagens indesejadas, trazendo à tona a pergunta: a LGPD é apenas um conjunto de sugestões? É difícil não se sentir invadido quando percebemos que até os detalhes mais íntimos de nossas vidas estão sendo coletados e utilizados sem o nosso consentimento. Até mesmo a música que ouvimos nas plataformas de streaming parece ser uma forma de rastreamento, como se essas empresas quisessem saber o que fazemos em cada minuto do nosso dia.
Com o avanço da tecnologia, a coleta de dados se tornou uma prática comum, e as empresas estão cada vez mais criativas em como utilizam essas informações. Mas, enquanto isso, a LGPD parece mais uma letra de música do que uma realidade tangível. Em meio a essa confusão, surge a figura do ?deadname?, que representa a luta de muitos para que seus dados sejam tratados com respeito e cuidado, sem que o passado os assombre. A proteção dos dados pessoais deve ser uma prioridade, e não uma opção.
Neste mês do orgulho, é fundamental lembrar que a luta pela privacidade e pela proteção de dados é tão importante quanto qualquer outra batalha social. Precisamos de um movimento que não apenas celebre, mas que exija a implementação efetiva da LGPD. Os profissionais de tecnologia e as empresas precisam entender que a proteção dos dados não é apenas uma obrigação legal, mas uma responsabilidade ética. O que está em jogo é a confiança do consumidor e a integridade dos nossos direitos.
Portanto, ao celebrarmos a LGPD, que possamos lembrar que ela é mais do que uma legislação: é uma promessa de que nossos dados serão respeitados. E para aqueles que ainda têm dúvidas sobre o que pode ser considerado dado pessoal, é hora de buscar informações e compreender as sanções previstas para quem desrespeitar essa lei. Precisamos de mais do que boas intenções; precisamos de ações concretas que garantam que nossos dados pessoais estejam seguros em um mundo que parece cada vez mais disposto a ignorar essa necessidade.