A frustração é palpável quando percebemos que, mesmo em situações cotidianas, a LGPD não é aplicada como deveria. Um exemplo disso é o recente episódio em que uma mãe, ao tentar proteger os dados dos filhos, se deparou com a curiosidade indiscreta de uma funcionária de uma escola. Essa situação revela não apenas uma falta de compreensão das normas que regem a proteção de dados, mas também a necessidade urgente de educar tanto os consumidores quanto os prestadores de serviços sobre a importância da privacidade.
Ademais, a sensação de que a LGPD é mais uma sugestão do que uma obrigação se torna ainda mais evidente quando empresas começam a utilizar novos sistemas de pagamento que, por mais que prometam segurança, ainda carecem de regulamentação adequada. A insegurança em relação a como esses dados são tratados e armazenados gera um ciclo vicioso de desconfiança. O que deveria ser uma prática comum, como proteger informações pessoais, se transforma em um labirinto de incertezas e frustrações.
Enquanto isso, a cultura de coleta de dados continua a se expandir, e a sensação de impotência aumenta. A pergunta que não quer calar é: até quando seremos obrigados a nos submeter a essa vigilância constante? A resposta pode estar nas mãos de cada um de nós. Ao se recusar a fornecer informações desnecessárias, como fez uma mãe que se negou a dar dados de seus filhos, a população pode começar a criar uma pressão sobre as empresas, exigindo mais respeito e conformidade com a LGPD.
Neste cenário, é fundamental que a sociedade se una em torno da causa da proteção de dados. A LGPD não é uma simples legislação, mas um direito que deve ser respeitado e valorizado. É hora de transformar a frustração em ação, educando e pressionando as instituições a cumprirem seu papel na proteção dos dados pessoais. Somente assim poderemos construir um ambiente digital mais seguro e respeitoso, onde a privacidade do cidadão seja realmente uma prioridade.