Nos últimos meses, grandes empresas de tecnologia, como ByteDance, Uber, X e Telegram, foram forçadas a se adaptar às exigências da LGPD. Depois de um ?puxão de orelha? das autoridades, essas corporações começaram a abrir mais canais de comunicação com seus usuários, um passo que deveria ser visto como positivo. Mas, será que essa mudança é suficiente para garantir que os dados pessoais dos brasileiros estejam realmente seguros? A resposta parece não ser tão simples.
Enquanto as Big Techs tentam se adequar à legislação, a sensação de insegurança persiste. Casos de vazamento de dados, como o recente incidente envolvendo um parceiro da XP, levantam questões sobre a eficácia da LGPD. A ironia de que essas empresas afirmem seguir a lei, mesmo após repetidos incidentes de vazamento, parece um insulto à inteligência dos consumidores. Como diria a cantora Rita Lee: ?eu que se foda, né??. Essa frase encapsula o desdém de muitos em relação a promessas não cumpridas de segurança e proteção.
Adicionalmente, o uso irresponsável de dados por plataformas como TikTok, que categoriza perfis de menores para direcionar conteúdos, é uma clara violação não apenas da LGPD, mas também do Estatuto da Criança e do Adolescente. A falta de consideração com as informações sensíveis dos clientes é alarmante, e a pergunta que fica é: até que ponto as empresas estão dispostas a ir para proteger os dados que coletam?
A LGPD representa um avanço significativo na proteção de dados no Brasil, mas a sua implementação efetiva exige mais do que apenas cumprimento legal. É preciso um compromisso genuíno com a privacidade dos indivíduos e uma mudança cultural nas empresas que lidam com informações pessoais. Somente assim poderemos começar a confiar novamente nas grandes plataformas digitais e garantir que nossos dados estejam realmente protegidos em um mundo cada vez mais digital.